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Mark B. Mills – Esperando por Doggo

As primeiras 30 páginas de Esperando por Doggo me cativaram. Eu adoro livros com cachorros, então imaginei que este seria mais um xodózinho na minha coleção. Porém, logo depois dos primeiros capítulos, a história começou a tomar um rumo um pouco diferente. E, de certa forma, acabei me decepcionando um pouquinho. x(

Esperando por Doggo

Um homem. Um cachorro. Um grande amor.

Autoria:
Mark B. Mills

Editora:
Novo Conceito

Ano de lançamento:
2015

Páginas (nº):
224
Dan achava que tinha uma vida feliz com Clara, mas, de uma hora para outra, ela desaparece inesperadamente de sua vida, deixando para trás apenas uma carta de despedida e um cachorro. A pequena criatura é incomum e sequer tem um nome definitivo, ele é simplesmente chamado de Doggo. Agora, Dan tem a missão de devolver Doggo, e, ao mesmo tempo, encontrar um novo emprego. A primeira missão parece ser fácil, a segunda, nem tanto. Com o passar dos dias, Dan começa a desfrutar da companhia de Doggo e não tem coragem de abandoná-lo. De forma singela, mas significativa, a presença do pequeno cão ajuda àqueles que estão ao seu redor. Doggo acaba tornando-se muito mais que um amigo de quatro patas, transforma-se em uma verdadeira fonte de inspiração para o trabalho e para a vida de Dan.

A história começa com uma carta de despedida de Clara, endereçada ao seu namorado Daniel. Ela foi embora, ninguém sabe para onde, e só deixou um cachorro para Dan. Um cachorro bem feio, coitado, que na verdade ele nem queria. Foi ideia de Clara ter um cachorro. Então, na manhã seguinte, quando Dan o leva de volta ao canil, ele não consegue deixá-lo lá. E assim é o início de uma amizade – uma amizade que Doggo parece não aprovar e Dan apenas tenta fazer acontecer. Mas mesmo assim, é um começo.

Dan trabalha no ramo da publicidade, e em meio a todo esse caos em sua vida pessoal, ele também inicia em um novo emprego em uma pequena agência. Então, a partir disso começamos a ter conhecimento sobre seus colegas de trabalho, os cases em que ele precisa trabalhar e, principalmente, a sua colega de criação, Edie. Mas não é só isso: o leitor acompanha uma série de intrigas envolvendo o meio corporativo, como tramas envolvendo ciúmes e inveja, traições, intrigas e muito mais. Enquanto tudo isso acontece, Doggo acaba ficando um tanto em segundo plano, até os últimos capítulos do livro, quando ele volta à cena.

É verdade que Dan sempre envolve Doggo em tudo o que faz, e até o leva para o trabalho todos os dias, onde ele se torna o mascote de todo o pessoal da agência. Porém, o que me incomodou foram tantas coisas extras que aconteceram e que tiraram o foco do cachorro. Além disso, muitas vezes eu me perguntei o que o título tinha a ver com a história toda; no final esse mistério é solucionado, mas achei tudo uma coisa pequena demais, sem sentido demais para ter a honra de ser título.

A escrita do autor é também um pouco estranha – só porque não achei palavra melhor pra descreve-la. Muitas vezes, ele vai e vêm em pensamentos do personagem principal, e eu me perdia, sem saber o que estava acontecendo ali. Não posso dizer que ele escreva mal, mas não posso dizer que o estilo me agradou.

O livro tem uma premissa boa, a história não é ruim, mas achei que ficou mal feita. O foco poderia ter sido mais o Doggo, pois a história dele, e somente dele, poderia ganhar muito mais o meu coração, se fosse melhor desenvolvida. Então, tenho uma dica para quem tem interesse em ler: não se deixe levar pelo título, como eu fiz. Não imagine que seja uma busca por Doggo ou que estejam esperando algo dele, de fato. Leia sem pretensões, esperando apenas a história de um cara que está tentando se achar na vida.

Aviso aos que adoram cachorros mas não suportam ler livros em que eles sofrem (como eu): leiam sem medo. Nada de mal acontece ao Doggo, não precisam se preocupar. 🙂

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  • AMANDA ALMEIDA

    Oi Gabi, tudo bem?
    Será que o problema do título não foi no ato da tradução?
    enfim, amo livros com animais, em especial cães, e anotei a dica, mesmo o contexto fugindo um pouco e transformando o cachorro em coadjuvante.
    Abraços,
    Amanda Almeid

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    • Gabi Orlandin

      Oi, Amanda! Tudo bem, sim.
      Acredito que não tenha sido a tradução não, pois é uma tradução de “Waiting for Doggo”. Sei lá, não sei se fui a única a achar isso do nome do livro…
      É um bom livro apesar de tudo, sim. O meu maior problema foi esperar uma coisa e encontrar outra.
      Abraços.

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  • Estefânia Prates

    Oiie Gabi, você acredita que livros/filmes com animais não me chamam a atenção? Nunca gostei e nem tive vontade de ler kk Será que tenho algum problema? rsrs OU é porque nunca peguei um pra chamar a atenção? Não sei rs
    Bjs

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    • Gabi Orlandin

      Haha, não tem problema não, Estefânia! xD Talvez seja isso mesmo, nenhum te chamou a atenção até agora, e não tem problema nenhum nisso. Mas dê uma chance algum dia, normalmente são livros emocionantes.
      Beijo.

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  • Carla Vieira

    Recebi esse livro de cortesia da Novo Conceito e também não curti muito a leitura haha
    Achei que o foco seria Doggo, o que me decepcionou um pouco também!
    Beijos

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