Resenha do filme: Se eu ficar

O filme Se eu ficar é uma adaptação do romance homônimo escrito por Gayle Forman e publicado pela editora Novo Conceito em 2014 (tem resenha, você viu?). Demorei um tempo pra ver o filme, e isso se deu por alguns motivos. Um: tive medo de me decepcionar, já que o livro é surpreendente; dois: fiquei em dúvida se lia o segundo livro antes de ver o filme, por medo de confundir as histórias (se o filme fosse diferente); e três: finalmente por falta de tempo, pura e simplesmente. Porém, finalmente assisti, e só tenho aplausos.

Se eu ficar

Elenco principal:

Chloë Grace Moretz, Mireille Enos e Joshua Leonard

Gênero:

Drama

Direção:

R.J. Cutler

Duração (min):

1h e 46min

Ano de lançamento:

2014

Nacionalidade:

Estados Unidos

Mia Hall (Chlöe Grace Moretz) é uma prodigiosa musicista que vive a dúvida de ter que decidir entre a dedicação integral à carreira na famosa escola Julliard e aquele que tem tudo para ser o grande amor de sua vida, Adam (Jamie Blackley). Após sofrer um grave acidente de carro, a jovem perde a família e fica à beira da morte. Em coma, ela reflete sobre o passado e sobre o futuro que pode ter, caso sobreviva.

Para quem não conhece a história, vou resumir: quem conta é Mia, a irmã mais velha de Teddy e filha de um ex-roqueiro e uma ex-hippie. Ao contrário do que seria de se esperar (principalmente pelos pais), a moça não é fã de rock; ela é uma brilhante violoncelista. Porém, se isso decepcionou um pouco os pais roqueiros, o namorado de Mia compensou: Adam é vocalista de uma banda de rock e é, instantaneamente amado pelos pais da garota. Porém, a relação deles já é contada no passado, pois é algo tão complicado que nem Mia consegue descrever direito.

Foi em um fatídico dia de neve que os quatro resolvem sair de casa. Mia não queria ir, pois estava esperando a resposta da faculdade de música, mas acabou indo pela insistência dos pais. Porém, um acidente acontece no meio do caminho. Mia acorda em seu corpo, sem nenhum arranhão, e começa a entender o que aconteceu. Aos poucos, ela percebe que o carro da família está em pedaços, e começa a correr atrás da mãe, do pai e do pequeno irmão, por quem nutre um amor incondicional. Só que, na busca por eles, ela encontra a si mesma, no chão, inconsciente e sendo amparada por enfermeiros para dentro de uma ambulância.

É com esse acontecimento que o filme realmente começa. Sem que ninguém possa vê-la ou ouvi-la, Mia acompanha seu próprio corpo sendo submetido a vários exames enquanto viu pessoas queridas e muitos parentes indo visitá-la. Ao mesmo tempo, ela sofre com a perda de pessoas da sua família. Mia tem uma decisão importante a tomar: ficar ou ir embora deste mundo. Se ficar, ela viverá sem as pessoas que tanto ama; e se for embora, deixará para trás tantas pessoas queridas, em especial Adam, que ainda mexe com seu coração.

O que você faria? Desistiria de tudo para não sofrer, ou ficaria para viver sua vida, mesmo frente a tantas dores?

O filme muda de presente e passado muito constantemente, mostrando as cenas de Mia no hospital e cenas de antes do acidente. Assim, ficamos sabendo como ela conheceu Adam, como a relação se manteve, como ela começou a ir aos shows de rock e, finalmente, como a relação começou a desandar, até virar uma confusão que nenhum dos dois mais entendia. Esse vaivém constante no tempo é exatamente o que acontece no livro; fiquei bem contente de ver muitas cenas das páginas para a tela. Na minha lembrança, o filme foi bastante fiel ao roteiro original do livro.

O filme é bastante focado na relação de Mia com Adam, mas também nos presenteia com diversas cenas familiares e emocionantes. Para mim, a cena mais emocionante, que arrancou lágrimas dos meus olhos, foi quando o avô da personagem foi visitar seu corpo em coma no hospital. Mia estava ali, assistindo ao seu corpo adormecido enquanto seu avô dava sinais de que sentia sua presença. As palavras dele me deixaram muito emocionada, mesmo depois dos créditos finais.

A atriz que interpreta o papel de Mia, Chloë Moretz, foi brilhante – na minha visão amadora, é claro. Podíamos sentir o desespero em seus olhos e a dúvida em seus atos. Além disso, todo o cenário e fotografia do filme foram perfeitos para mim, com as cores e detalhes todos planejados – dá pra ver quando até a cor da porta combina com a calça da atriz, e isso me dá a sensação de que pensaram em tudo.

O livro Se eu ficar tem continuação, e se chama Para onde ela foi. Ainda não o li, então não sei qual é o destino dessa história (por favor, nada de spoilers nos comentários, ok? Haha!). Vocês já viram esse filme/leram o livro? Quero saber o que acharam dessa história e adaptação, me contem nos comentários!