Passei duas semanas em Estocolmo, na Suécia, entre o final de maio e início de junho. Foi uma viagem com a família para o casamento de um cunhado, e já que estávamos tão longe (quase 24 horas de viagem, contando as paradas e escalas), acabamos ficando um tempo a mais para conhecer a cidade. E agora vou contar brevemente como foi, o que conheci e o que percebi sobre a cidade.
Clima na Suécia
Vamos começar falando sobre o clima: eu, nascida no Rio Grande do Sul, achava que sabia o que era frio. Sabia nada! Estava começando o verão na Suécia, e as temperaturas ficavam em torno de 15ºC. Enquanto os locais usavam uma calça levinha e um casaquinho, nós estávamos de blusa de tricô, jaquetas, echarpes e passando frio! Socorro! Hahahah!
Acredito que as pessoas de lá sejam acostumadas com o frio. Afinal, as temperaturas na Suécia (e nos países nórdicos) são extremas, e o inverno é muito rigoroso em algumas partes do país.
Os invernos suecos são escuros, frios e duram longos meses do ano. Em algumas partes do país o sol não sobe além da linha do horizonte, enquanto em outros lugares há apenas poucas horas de claridade durante o dia. A parte mais ao Sul do país tem as temperaturas mais altas, podendo chegar a 3ºC no inverno. Já a parte norte da Suécia possui clima subártico, e o inverno pode ter temperaturas inferiores a -20ºC (onde é possível ver a Aurora Boreal).
Por outro lado, o verão dura pouco, mas a claridade é extremamente longa. No extremo norte do país, o sol nunca se põe por semanas seguidas. Em Estocolmo, que fica mais ao centro, o céu começa a ficar escuro lá pelas 21h, e às 3h da manhã o sol já começava a nascer de novo.
E sim, era muito estranha essa sensação. Você acordava às 3h da manhã com o quarto todo iluminado, mas tinha que se esforçar para voltar a dormir, afinal estava no meio da madrugada. Somando-se a isso um jetlag de 5 horas, dá pra imaginar que ficamos perdidos por alguns dias.
Cenários de tirar o fôlego









Primeiro pensamento que eu tive foi: estou em outro mundo! Desembarcamos direto em um hotel onde foi realizado o casamento, e parecia saído de um filme. Como destaques, não posso deixar de mencionar a vista para o mar Báltico e a decoração minimalista típica escandinava (que eu já amava, mas ganhou meu coração nessa viagem).
A minha impressão é que os suecos priorizam muito a qualidade de vida, os passeios ao ar livre (já que o verão é curto, tem que aproveitar mesmo) e uma alimentação mais saudável – não generalizando, porque lá também tem junk food.
Arquitetura nórdica e a cidade
Eu sempre fui apaixonada pela arquitetura e design dos países nórdicos. A principal característica é o minimalismo, além de orgânicas, cores neutras, elementos da natureza e muita luz natural – já que poucos meses do ano são claros, tem que aproveitar mesmo! Mas vendo e vivendo pessoalmente esse estilo de vida, eu percebi que isso é muito a minha cara!
O primeiro hotel, das fotos acima, tinha diversas características desse estilo. Mas quando fomos ao centro de Estocolmo, ficamos em um AirBnb MARAVILHOSO! Era basicamente o subsolo de um prédio, mas completamente reformado, muito grande, com todas as características do estilo escandinavo. Eu poderia viver lá tranquilamente…
Ele tinha enormes janelas para entrar a luz natural (e nesse período, ela é maravilhosa), design minimalista, cores neutras, elementos da natureza (artificiais, mas dá aquela sensação hygge, né?). Além disso, era moderno e funcional. Enfim, já quero uma casa nova igualzinha pra viver aqui em Santa Catarina, haha!



A arquitetura da cidade (pelo pouco que vimos) também impressiona. Tem partes mais “tradicionais” e outras regiões mais inovadoras e modernas, que contam com construções bem diferentes do que vimos aqui no Brasil. Tem até prédios de madeira, acreditam? Realmente, outro mundo.
E tendo duas crianças pequenas, é claro que eu devo ter conhecido metade dos parquinhos de Estocolmo, hahaha! Os parques infantis de lá são muito diferentes dos que frequentamos no Brasil. Eu e o Douglas achando tudo radical demais, e as criancinhas amando, haha! Foi uma ótima experiência para as nossas meninas também.




Skansen
Um museu ao ar livre que conta com um jardim zoológico e tem como objetivo central mostrar o modo de vida da Suécia durante os últimos séculos. O que eu achei incrível foram as centenas de construções antigas que foram desmontadas e montadas novamente no local, como forma de montar uma verdadeira cidade histórica. Outra coisa muito bacana são as oficinas de artesãos de couro, prata e vidro, em que “atores” simulam o trabalho com os materiais. Presenciamos a oficina de fabricação do vidro, em que os participantes podem criar suas próprias peças.




Museu Sueco de História Natural
Um belo e gigantesco local que engloba a história biológica, geológica, um planetário, um cinema e mais de 10 milhões de objetos. Passamos pelos fósseis (os dinossauros são a paixão da minha filha mais velha), animais típicos da Suécia em seus habitat naturais, história do ser humano, pedras preciosas e muito mais. Além da reconstituição das paisagens e personagens (tudo muito bem feito, aliás), algumas apresentações são interativas, o que deixa o visitante imerso na história. Pena que não tenho foto da maioria das atrações (cuidar de duas pequenas em um museu não é tarefa fácil, haha).




Gamla Stan, ou Cidade Velha
O centro histórico de Estocolmo tem um charme muito especial. Fica em uma ilha, então acessamos de barco. É um dos maiores e mais bem preservados centros medievais de toda a Europa. Trata-se de um aglomerado de becos e ruas estreitas, super charmosas, com uma grande variedade de comércios de todos os tipos (foi ali que encontramos souvernirs da cidade). É ali que fica a praça principal, onde há os edifícios históricos coloridos e o Museu do Prêmio Nobel. Acho que precisaria de mais de um dia inteiro para conhecer os arredores, mas tivemos poucas horas, e já valeu muito a visita.



É isso, gente! Essas foram minhas percepções sobre o pouco de Estocolmo que pudemos conhecer nessas duas semanas, que foram muito válidas e bem vividas. Tem muito mais coisa que vimos e encontramos pelo caminho, mas o post ficaria grande demais. Espero que tenham curtido acompanhar um pouco dessa viagem.