Hannah Howell – A Vidente, série Wherlocke #1

Hoje começa a #semanaWherlocke, uma semana dedicada à série de livros “Irmãs Wherlocke“, de Hannah Howell e publicados pela editora LeYa, que é parceira desta ação. De 15 a 21 de junho, teremos resenhas de todos os livros aqui no blog e, no fim dessa semana, vai rolar um mega sorteio na fanpage. Vai perder?

A Vidente

Série Irmãs Wherlocke, livro 1

Autoria:

Hannah Howell

Editora:

LeYa

Ano de lançamento:

2011

Páginas (nº):

222

Estamos no século XVIII, na Inglaterra. Como todas as gerações de sua família, Chloe Wherlocke possui habilidades especiais, e o seu dom é enxergar além da visão física. Em 1785 ela prevê a morte de uma mulher que acabara de dar à luz e toda uma trama para atender a motivos escusos. Ao encontrar uma criança abandonada ao lado do corpo da mãe, ela salva o bebê e o cria escondido do mundo. Com o passar dos anos, Chloe descobre que o encontro com a criança não havia sido uma simples coincidência e nota, pouco a pouco, um desenrolar de acontecimentos que envolviam todos os membros de sua família, num jogo de traições, mentiras e assassinatos. Ela precisa ser rápida para salvar a vida do pai do menino, o conde Julian Kenwood, e avisá-lo que o filho não morreu. Mas, ao se aproximar da família Kenwood, Chloe percebe seu sentimento de proteção por Julian se transformar enquanto tudo se torna mais perigoso.

A série “Irmãs Wherlocke”, composta por quatro livros e publicada no Brasil pela Editora Leya, me ganhou à primeira vista somente pela aparência: as capas são muito bem feitas e seguem um mesmo padrão visual, em todos os volumes. Além disso, todos os livros possuem um padrão de cor e, para fechar, há uma fita da mesma cor, resultando em um efeito diferenciado, bonito e especial. Mas vamos deixar de lado as lindezas que enchem os olhos e falar sobre a história.

Tudo se passa na Inglaterra do século XVIII, e envolve uma família comum e uma família nobre. Primeiramente, conhecemos Chloe que, assim como seus irmãos e primos, possui um dom muito especial – o dela é enxergar pequenos fragmentos de um futuro próximo. Da outra família, conhecemos Conde Julian, um homem que fez escolhas erradas em seu casamento e acabou enxergando a verdade quase tarde demais.

Quando Chloe salva, em segredo, um bebê recém nascido da morte, atendendo um chamado de suas visões, ela não imagina que aquele pequeno ato de solidariedade será um feito tão grande no futuro próximo. Mas, assim como as alegrias trazidas pelo pequeno, também ressurgirão muitos segredos do passado, mentiras e assassinatos. O dever dessas duas famílias é salvar vidas e uma Inglaterra inteira das mãos de quem não a merece – nem por direito, nem por merecimento.

Devo admitir que o início da leitura foi um tanto lenta, e demorei para conseguir me situar na história. Porém, quando engrenei, foi uma delícia! O outro motivo de não ter sido um livro surpreendente para mim foi que os acontecimentos foram todos muito rápidos e deixaram um pouquinho a desejar. Na verdade, tudo foi muito corrido, e não consegui me aprofundar em muitas partes importantes da história, tendo a sensação de que li apenas de forma superficial.

Adoro romances de época – este tem uma pitada de erotismo em poucas cenas, mas nada que seja demais, apenas o suficiente – e gostei muito da história criada por Hannah Howell, apesar do que citei. Se usarmos a leitura para pensar fora da ficção, podemos dizer que ela nos faz pensar em como era a vida regrada por os costumes e culturas tão diferente do que vivemos hoje; é uma reflexão que vale a pena. Recomendo a todos os que apreciam o mesmo tipo de literatura, tendo um certo pingo de paciência e não esperando algo tão aprofundado, pois é um livro feito para sairmos da nossa realidade e adentrarmos outro século – literalmente.

Apesar de ser uma série, os livros não têm continuação: cada um deles centra a história em torno de um integrante diferente da família Wherlocke e seu dom. Os próximos volumes são “A sensitiva”, “A intuitiva” e “O escolhido”, respectivamente.